terça-feira, 30 de julho de 2013

Vai fazer algum concurso Cespe? Aí vai minha colaboração...

Olá, tudo bem?

Vamos iniciar mais esta série com a prova para o cargo de Analista do Ministério Público da União (2013). 

O texto, juntamente com as questões aqui resolvidas, encontra-se na imagem abaixo, e sugiro que resolva estas questões antes de ler nossa resolução comentada, combinado?



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Julgue os itens seguintes, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima.

1     Os dados expostos no terceiro parágrafo indicam que os profissionais do Ministério Público brasileiro são mais eficientes que os dos órgãos equivalentes nos demais países da América do Sul.

        ERRADA. O que o texto claramente argumenta é que existe uma discrepância entre o número de integrantes do Ministério Público brasileiro e suas atribuições quando comparado aos demais países latino-americanos. Não podemos inferir disso que esses profissionais sejam  mais eficientes: isso seria extrapolar (= ver o que não está escrito e concluir de forma ingênua) o texto -- um erro muito comum.

2     Com base nos dados apresentados no texto, é correto concluir que a situação do Brasil, no que diz respeito ao número de promotores existentes no Ministério Público por habitante, está pior que a da Guatemala, mas melhor que a do Peru.

        CORRETA. Nem acreditei que o Cespe pudesse colocar uma questão assim tão fácil.
                     Guatemala:        6,9/100 mil
                     Brasil:                  4,2/100 mil
                     Peru:                   3,0/100 mil
       

3     Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais maiúsculas e minúsculas, o período “É correto (...) o Brasil” (l.11-12) fosse iniciado com um vocábulo de valor conclusivo, como logo, por conseguinte, assim ou porquanto, seguido de vírgula.

        ERRADA. O trecho mencionado é, de fato, uma conclusão do que foi exposto antes, de forma que qualquer uma dessas conjunções/locuções conjuntivas poderia sim iniciá-lo; exceto porquanto, que tem valor explicativo (lembre-se de porque), não conclusivo.

4     O objetivo do texto é provar que o número total de promotores no Brasil é menor que na maioria dos países da América Latina.

        ERRADA. Esta é perigosíssima! Leva-nos a uma conclusão apressada e equivocada. O problema está em afirmar que "o número total de promotores é menor", o que é absurdo. Sabendo que o Brasil tem em torno de 190 milhões de habitantes, mesmo com uma relação número de promotores/número de habitantes menor que em países como, por exemplo, Guatemala (com menos de 15 milhões de pessoas), o Brasil certamente tem um número absoluto maior.

5     No primeiro período do terceiro parágrafo, é estabelecido contraste entre a maior extensão das obrigações do Ministério Público brasileiro, em comparação com as de órgãos equivalentes em outros países, e o número de promotores em relação à população do país, o que evidencia situação oposta à que se poderia esperar.

        CORRETA. O clímax desse contraste está expresso pela conjunção adversativa entretanto (l.6).  

6     No último período do texto, a palavra “atribuições” está subentendida logo após o vocábulo “as” (l.13), que poderia ser substituído por aquelas, sem prejuízo para a correção do texto.

        Alguns autores consideram este "as" um pronome demonstrativo. Esta interpretação deixa mais clara que a assertiva está CORRETA, pois este pronome no feminino plural corresponderia claramente ao outro sugerido: aquelas. Uma outra interpretação é a de que o "as" seria artigo definido feminino plural mesmo, ocorrendo aqui um tipo específico de elipse (= omissão) da palavra "atribuições", o zeugma.

7     Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto se o primeiro parágrafo fosse assim reescrito: Quando se examina o contexto internacional, concluimos que não há situação como a do Brasil no que se refere a existência e desempenho do Ministério Público.
       
        Este é o tipo de questão que, dependendo do seu conhecimento, pode ser resolvida em pouquíssimos segundos, poupando seu precioso tempo para a resolução de outras mais difíceis. Isso porque o erro mais visível é de ortografia, mais exatamente, acentuação: acentuamos o i e o u tônicos (compare saiba com saída). Logo, concluímos é acentuado. O segundo erro é que essa reescritura não mantém o sentido original, pois não há correspondência semântica entre perfil institucional semelhante e igual conjunto de atribuições, do original, e existência e desempenho, da reescritura.
        ERRADA.




GABARITO
1
2
3
4
5
6
7
E
C
E
E
C
C
E

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