terça-feira, 14 de maio de 2013

Traduzindo Certo nº 02 (Espanhol)


Pequeno desafio de Português - Crase: Resposta.


Olá, Amig@! Beleza?

Aqui vai meu parecer fundamentado em autores como Bechara, Cunha & Cintra, Rocha Lima, Sacconi, entre outros.

1) Sabemos que para haver crase é necessária a existência concomitante da preposição a e do artigo definido feminino a(s) -- ou dos pronomes demonstrativos a, aquilo, aquele/a.

2) Sabemos também que o nome horror pede a preposição a.

Bem, o primeiro a (preposição) é indispensável aqui. Já o segundo a (artigo) é OPCIONAL, amig@.

GABARITO: LETRA C) DEPENDE.

Se "a barata" for definida, ocorre o artigo e, consequentemente, a crase; senão, não ocorrerá a crase.

Quando nos referimos a um ser de forma genérica, temos duas opções:
­­
i. ou o deixamos indefinido, sem artigo: "Mulher tem horror a barata" = toda e qualquer "mulher", toda e qualquer "barata";

ii. ou o definimos, com o artigo definido -- "A mulher tem horror à barata" = (da mesma forma) toda e qualquer mulher, toda e qualquer barata.

Mas, na segunda opção, a interpretação vai depender do contexto, de forma que se poderá interpretar como "uma mulher e uma barata específicas".

Temos, então, uma sutil questão semântica aqui:

Se "mulher" está claramente indefinida (pela ausência de artigo), "barata" não deveria seguir na mesma esteira?

Não necessariamente. A determinação (uso do artigo) no sujeito não vincula a determinação do objeto.

Conclusão: as quatro formas ficariam corretas, a depender do significado pretendido e do contexto específico.

1) Mulher tem horror a barata.

2) Mulher tem horror à barata.

3) A mulher tem horror a barata.

4) A mulher tem horror à barata.

É isso aí.

--
Daniel Araújo