O professor e economista Walter Williams nasceu e cresceu nos EUA, onde primeiro surgiram as cotas raciais. Viveu o processo na pele. Tem conhecimento acadêmico e empírico para falar do assunto. Vejam a entrevista com o intelectual:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/um-negro-contra-cotas-e-contra-as-leis-que-proibem-a-discriminacao-sua-crenca-individualismo-escola-de-qualidade-igualdade-perante-a-lei-e-liberdade-de-expressao/
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Questão abaixo: dissecada.
Olá, amig@! Como vai?
Vamos ver nossa questão?
Na
norma culta padrão, a conjunção posto
(que) / suposto (que)
pertence ao grupo das concessivas, que inserem uma ideia contrária a outra, mas que não a anula.
São
exemplos: embora, ainda que, mesmo que, se bem
que, apesar de (que),
por... que, sem que (= embora não), que.
O
grande poeta Vinícius de Morais, em seu Soneto
de Fidelidade, usou posto que
com valor causal,
que é considerado um emprego informal da conjunção! Logo, o gabarito é a LETRA C.
Mesmo
que você não tivesse essa informação, dava para resolver a questão usando uma
"artimanha". Vamos ver?
a)
"Hão de ter notado a facilidade com
que meneio algarismos, posto não seja este o meu ofício
(...)" A Semana - Machado de
Assis
Veja que a relação
entre as ideias é de concessão: embora não seja esse seu ofício, ele meneia os
números com facilidade.
b) "O
próprio edifício, posto que avelhantado e fraco, também
parecia animado de espírito guerreiro." Alexandre Herculano
Igual a letra A: embora o edifício estivesse avelhantado e fraco,
parecia animado de espírito guerreiro.
c) "Que
não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito
enquanto dure". Soneto de Fidelidade
- Vinícius de Morais
Aqui você já
percebe uma relação diferente: a causal. Não
é imortal porque é chama.
E daqui mesmo você já iria para a próxima questão. GABARITO.
d) "Suposto
o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a
adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é
que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo." Memórias Póstumas de Brás de Cubas -
Machado de Assis
Idem A
e B.
e) "Tão
delicados (mais que um arbusto) e correm / e correm de um para o outro lado,
sempre esquecidos / de alguma coisa. Certamente falta-lhes / não sei que
atributo essencial, posto se apresentem nobres / e graves, por
vezes.
Ah, espantosamente graves, / até sinistros." Um boi vê os homens - Carlos Drummond de Andrade
Ah, espantosamente graves, / até sinistros." Um boi vê os homens - Carlos Drummond de Andrade
Idem A
e B.
É isso aí.
Até amanhã.
Daniel
Araújo
daniel.araujo@olaamigos.com.br
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Português - Nossa nova série de "posts" - Banca: LaQueDA
Olá, amig@! Como vai?
Vamos
iniciar uma série de resolução de questões da banca LaQueDA* - Laboratório
de Questões do Daniel Araújo (eheh...
Eu sei: a sigla é ridícula! eheh).
Nesses
posts, vou colocar minhas próprias
questões de Português e Espanhol para você resolver e volto em até 48 horas com
o "gaba", OK?
A
nossa primeira questão é de Português.
Marque abaixo a opção que
apresenta um uso informal da conjunção posto / posto que / suposto / suposto que
(todas sinônimas).
a)
"Hão de ter notado a facilidade com
que meneio algarismos, posto não seja este o meu ofício (...)" A Semana - Machado de Assis
b) "O
próprio edifício, posto que avelhantado e fraco, também parecia animado de
espírito guerreiro." Alexandre Herculano
c) "Que
não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto
dure". Soneto de Fidelidade -
Vinícius de Morais
d) "Suposto
o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a
adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é
que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo." Memórias Póstumas de Brás de Cubas -
Machado de Assis
e) "Tão
delicados (mais que um arbusto) e correm / e correm de um para o outro lado,
sempre esquecidos / de alguma coisa. Certamente falta-lhes / não sei que
atributo essencial, posto se apresentem nobres / e graves, por vezes.
Ah, espantosamente graves, / até sinistros." Um boi vê os homens - Carlos Drummond de Andrade
Ah, espantosamente graves, / até sinistros." Um boi vê os homens - Carlos Drummond de Andrade
É isso aí.
Daniel Araújo
daniel.araujo@olaamigos.com.br
P.S.:
Essa
questão foi inspirada no artigo "Um boi vê os homens" de Pasquale
Cipro Neto, publicado na Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 nov.
2006. Cotidiano, [s.p.]; o qual foi reproduzido na obra:
CIPRO NETO, Pasquale &
INFANTE, Ulisses. Gramática da
Língua Portuguesa. 3.ed. São Paulo: Ed. Scipione, 2010.
*O nome se deve a que, há
exatamente sete dias, sofri um baita acidente de moto (culpa do outro
motoqueiro) e "ganhei" uma fratura oblíqua na região distal do úmero
direito -- estou lhe escrevendo com uma caixa de Ibuprofeno ao lado (eheh).
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