sábado, 28 de dezembro de 2013

ENTRETER

=  distrair

É derivado de 'ter' (entre + ter). Então, conjuga-se como este verbo.

eu (me) entreTENHO / entreTIVE / entreTEREI...
você (se) entreTÉM / entreTEVE...
nós (nos) entreTEREMOS / entreTIVEMOS...

Exemplos:

"Eu me entretive no Facebook e por isso me atrasei."
"Ela se entretém com as piadas."
"Ligue a TV para se entreter um pouco."

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A APRENDIZAGEM SEGUNDO BECHARA

(Especialmente, para todos/os meu/minhas (ex-)alunos/as.)

Sobre ensinar/aprender, deixo este maravilhoso texto de Evanildo Bechara, da URFJ, da Academia Brasileira de Letras, representante do Brasil no Novo Acordo Ortográfico.

"Há duas maneiras de aprender qualquer coisa: uma, leve, suave, com informações corretas, mas superficiais, que, pela incompletude da lição, não indo aos assuntos a ela correlatos, acaba sendo insuficiente para permitir a fixação da aprendizagem. É um método que pode agradar, e até divertir o leitor menos exigente; mas não lhe garante o sucesso do conhecimento.

A segunda maneira é aquela que procura dar um passo à frente da resposta breve e imediata: estabelece relações entre a dúvida apresentada e outros assuntos afins, de modo que, aprofundando um pouco mais a lição, amplia o conhecimento e garante sua permanência, porque não se contenta em ficar na superfície dos problemas e das dúvidas.

Falamos em superfície, e a palavra nos sugere agora uma comparação entre as duas maneiras de aprender de que vimos tratando. A primeira ensina a pessoa, no mar de dúvidas, a manter-se à superfície: não afunda, mas não sai do lugar.

A segunda, além de permitir à pessoa permanecer à superfície, ensina-lhe dar braçadas, ir mais além. Assim, pela primeira maneira, a pessoa boia; pela segunda, nadando, avança e chega a seu destino."
(...)

BECHARA, E. Gramática escolar da língua portuguesa. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. (Orelha)


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Você se lembra?...

Lembre-se de não se esquecer disto!

Os verbos de significados opostos: lembrar e esquecer podem ser
                  

TRANSITIVOS DIRETOS
TRANSITIVOS INDIRETOS
NESTE CASO SEMPRE PRONOMINAIS
Lembre esta regrinha simples.
Lembre-se desta regrinha simples.
Nunca esqueça o de quando usar o se.
Nunca se esqueça do de quando usar o se.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Check! Tabela promocional de lançamento: só não batemos o Tradutor Google

TABELA PROMOCIONAL DE LANÇAMENTO

TRABALHO
PREÇO
Observações
Revisão de texto em português, inglês ou espanhol
R$2,50
por lauda¹
Mínimo: R$25,00
Brinde: formatação ABNT
Tradução
inglês-português
ou espanhol-português
R$0,03
por palavra
Mínimo: R$25,00
Tradução (versão)
português-inglês
ou português-espanhol
R$0,06
por palavra
Mínimo: R$25,00
Tradução (versão)
espanhol-inglês
ou inglês-espanhol
R$0,06
por palavra
Mínimo: R$25,00
Resumo (Abstract/Resumen)
R$19,00
-



¹ 1 lauda = 1.250 caracteres (SEM espaços)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Qual é o melhor curso de idiomas?

Quer uma resposta simples? O seu.

Quer entender isso? Continue lendo.

Você é o seu melhor mestre. Ninguém pode lhe ensinar nada, mas você pode aprender qualquer coisa.

Nesses quase nove anos de magistério, eu confesso que nunca ensinei português, inglês ou espanhol a ninguém, mas me orgulho de ter tido muitos alunos e alunas que aprenderam com minha ajuda. Este é meu papel: eu facilito, eu mostro o caminho -- inclusive porque já trilhei (e continuo trilhando) uma parte maior dele que meu discípulo; e posso até pegar na mão de vez em quando, ajudá-lo a levantar-se, mas ele deve trilhar com suas pernas.

Só aprende quem é ativo, quem busca, quem é seu próprio mestre. Nenhum passivo, que fica ali sentado por duas ou três horas por semana só seguindo instruções, tem sucesso.

Um idioma é algo a se estudar 7 dias por semana, e não somente pelo livro do curso: vá além disso. Seu professor lhe passou uma atividade? Faça o triplo. Busque outros livros, CDs, DVDs; assista filmes, memorize e cante músicas, leia textos na Internet...

Não espere pelo professor, muito menos pela turma. Nenhuma turma é homogênea, e sempre há aqueles que vão "atrasá-lo", pois o professor, naturalmente, sempre se preocupará em ir buscar aquela "ovelha perdida".

Então, voltemos à pergunta: Qual é o melhor curso de idiomas?

Em casa, no seu ambiente, na sua mesa, com todos os recursos disponíveis (computador, livros, dicionários etc.), com aquela roupa velha de ficar em casa...

Mas, para isso, uma coisa é fundamental: DISCIPLINA!

Disciplina, etimologicamente, vem de discípulo, e este é "aquele que aprende". Obviamente, novos significados, relacionados ao original, foram sendo agregados à palavra. O mais interessante é "o ato de seguir, de buscar".

Ora, para seguir, buscar algo, é necessário, PRIMEIRAMENTE, saber o que se busca! A maioria das pessoas simplesmente seguem, sem saber ao menos o que estão buscando. Isso é absurdo!

Estreitando a discussão para nosso tema: você quer mesmo aprender essa língua? OK, pé na estrada! E eu sou um dos recursos à sua disposição, assim como seu professor, seu curso, seus livros, dicionários, CDs, DVDs...

"Mas, professor, existem muitos cursos de péssima qualidade, muitos professores sem a menor condição de exercer a profissão!"

Concordo. Aí volta é que entra, mais uma vez, o você como seu próprio mestre. A capacidade de administrar sua própria aprendizagem o tornará capaz de escolher melhor seu curso e seu professor.

Por enquanto é só, mas a discussão continua. Na sua mente e nos próximos artigos.

Sucesso.


Daniel.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Vírgula antes de e?!

Embora já tenha visto competentíssimos mestres dizerem que isso nunca é possível, a verdade é que é. 

1. Quando depois de termo ou oração intercalada por DUAS vírgulas:

A vírgula se emprega aqui para intercalar termo, como este exemplificativo, e não se pode omitir nenhuma das duas.

2. Quando termos ou orações coordenadas recebem ênfase:

Emprega-se a vírgula antes de termos intercalados, e ao final destes, e entre termos ou orações coordenadas.

3. Quando os orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes:

A maior parte dos gramáticos explica os usos de vírgula antes de e, e o estudante deve estar atento.

4. Para separar objetos de verbos diferentes:

Este caso pede vírgula, e a vírgula muitos outros casos exigem.

Para finalizar: a vírgula antes de etc.

Sabemos que essa é uma expressão latina que significa e outras coisas e que é usada ao final se enumerações. Assim, a rigor, não se emprega a vírgula aqui:

Ainda discutiremos fonética, fonologia, ortografia e outras coisas.
Ainda discutiremos fonética, fonologia, ortografia etc.

Encontramos esta orientação, por exemplo, em Napoleão Mendes de Almeida. No entanto, a maioria dos gramáticos já defendem o emprego da vírgula neste caso por força da "moderna tradição".


terça-feira, 20 de agosto de 2013

DICAS CESPE - SEDUC/CE 2013

Sabemos que o Cespe, tradicionalmente, elabora questões do tipo assertivas a serem julgadas como Certas (C) ou Erradas (E). Não é o caso deste concurso. Mesmo assim, uma questão de múltipla escolha apenas traz essas assertivas agrupadas em blocos de 5 -- A, B, C, D e E.

Mas a dica é esta.

As questões de Português geralmente são baseadas em textos, mas nem sempre você precisa ler o texto para julgar uma assertiva.

Vamos ver uma questão bem recente da banca?

[Analista MPU 2013] 
7 Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto se o primeiro parágrafo fosse assim reescrito: Quando se examina o contexto internacional, concluimos que não há situação como a do Brasil no que se refere a existência e desempenho do Ministério Público.

Bem, se você precisa analisar a correção gramatical e a coerência textual, que tal ver logo a primeira, que não exige leitura e compreensão do texto -- e que, portanto, leva menos tempo?

Observe que concluimos carece de acentuação! "concluímos". GABARITO: E(rrada)!

A regra é: I e U tônicos, quando são a segunda vogal do hiato, são acentuados! Veja bem:

I e U
TÔNICOS
em HIATOS

Compare: 

saiba (I átono; é ditongo, não hiato)
x
saída (I tônico; é hiato)

fraude (U átono; é ditongo, não hiato)
x
saúde (U tônico; é hiato)

Assim, numa questão dessas, nem precisa checar a coerência textual referida na assertiva, muito menos ler o texto. "Sai de boa"!

Até a próxima!

DICA PRO CESPE - SEDUC 2013

1. Falta 1 mês para as provas. Dependendo de como você planejou (ou não) os estudos, 

agora é hora de revisões gerais.

2. Você só tem até o dia 20 de setembro para estudar: a véspera, dia 21, sábado, é para 

relaxamento total (imagine o dia da prova!). 

Acredite: relaxar ajudará melhor sua memória e equilíbrio emocional que ficar lendo 


resumão. Estes materiais só servem pra você pensar coisas do tipo: "Ai, meu Jizuiz! Eu não 

sei isso (direito)!!! Tô lascado/a!!!".


3. Na sequência, algumas questõezinhas recentes da banca...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

FONÉTICA - O "schwa"

Um som muito comum em línguas como o Inglês e o Francês é o chamado "schwa" (também: shwa, shva, xuá ou xevá). Ele é representado por um símbolo que é simplesmente um "e" invertido -- que adotei como "logo" da página. Tente aprendê-lo com Homer Simpson. Ainda vamos falar mais sobre o schwa.

APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS E ATITUDE

A melhor analogia que já consegui para a aprendizagem de língua estrangeira é a boa forma física. Repare bem nas semelhanças: quase TODO MUNDO quer ter aquele corpo que passa na TV, mas quantas pessoas têm a ATITUDE ("coragem", "disposição", "botar a mão na massa") de fazê-lo?

Analise você mesmo/a. Você quer ter um corpo "mais bonito" (claro: segundo os padrões)? Você quer aprender uma segunda língua? OK! Mas, O QUE VOCÊ FAZ PARA QUE CONSEGUI-LO?

Não obstante, uma grande diferença que vejo entre as duas coisas é que, no caso da língua estrangeira, as pessoas têm a quem culpar: O SISTEMA! 

Isso me lembra uma certa vez em que uma aluna de graduação em Letras (Inglês!!!) sugeriu que eu deveria ser "bonzinho" com eles/as, pois "eles/as não tiveram professores de Inglês qualificados"!!! A grande ironia dessa situação é que o curso que eles/as estavam fazendo era uma licenciatura. Ou seja, futuros/as professores/as de Inglês estavam me pedindo para não lhes ensinar Inglês porque eles/as não tiveram oportunidade de aprender Inglês do Ensino Médio. 

Quanta ironia!!!
[...]

domingo, 18 de agosto de 2013

Erros do Facebook nº 21.


ADVERBIALIZAÇÃO DO ADJETIVO

Um adjetivo não precisa estar sufixado com -mente para assumir a função de advérbio. E eu vou deixar os grandes autores falarem.

BECHARA


Fala claro na hora da sua defesa. (= claramente)

CUNHA & CINTRA
O menino dorme tranquilo. (=tranquilamente)*
*Há observações.

SACCONI
Transcreveu a carta errado. (= erradamente)

ROCHA LIMA
"Ela fugiu com os olhos, eu falava áspero." (= asperamente) 
- Machado de Assis

A MATÉRIA-PRIMA DE QUALQUER LÍNGUA

Não preciso dizer que qualquer língua é composta, principalmente, por SONS produzidos pelo nosso Aparelho Fonador (pulmão, pregas/cordas vocais, faringe, boca, cavidade nasal...). 

Todos também sabemos que esses sons são mais (ex. Espanhol) ou menos (ex. Inglês) representados por grafemas, letras. 


Então, se você quer realmente "dominar" uma língua, o conhecimento, no mínimo, básico desta área da Linguística será utilíssimo, principalmente, no uso dos bons dicionários de língua estrangeira que estão no mercado. 


Por isso, postarei, periodicamente, alguma coisa sobre essa matéria que tanto amo.


Espero que seja de bom proveito. 


- D. Araújo

terça-feira, 30 de julho de 2013

Vai fazer algum concurso Cespe? Aí vai minha colaboração...

Olá, tudo bem?

Vamos iniciar mais esta série com a prova para o cargo de Analista do Ministério Público da União (2013). 

O texto, juntamente com as questões aqui resolvidas, encontra-se na imagem abaixo, e sugiro que resolva estas questões antes de ler nossa resolução comentada, combinado?



---


Julgue os itens seguintes, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima.

1     Os dados expostos no terceiro parágrafo indicam que os profissionais do Ministério Público brasileiro são mais eficientes que os dos órgãos equivalentes nos demais países da América do Sul.

        ERRADA. O que o texto claramente argumenta é que existe uma discrepância entre o número de integrantes do Ministério Público brasileiro e suas atribuições quando comparado aos demais países latino-americanos. Não podemos inferir disso que esses profissionais sejam  mais eficientes: isso seria extrapolar (= ver o que não está escrito e concluir de forma ingênua) o texto -- um erro muito comum.

2     Com base nos dados apresentados no texto, é correto concluir que a situação do Brasil, no que diz respeito ao número de promotores existentes no Ministério Público por habitante, está pior que a da Guatemala, mas melhor que a do Peru.

        CORRETA. Nem acreditei que o Cespe pudesse colocar uma questão assim tão fácil.
                     Guatemala:        6,9/100 mil
                     Brasil:                  4,2/100 mil
                     Peru:                   3,0/100 mil
       

3     Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais maiúsculas e minúsculas, o período “É correto (...) o Brasil” (l.11-12) fosse iniciado com um vocábulo de valor conclusivo, como logo, por conseguinte, assim ou porquanto, seguido de vírgula.

        ERRADA. O trecho mencionado é, de fato, uma conclusão do que foi exposto antes, de forma que qualquer uma dessas conjunções/locuções conjuntivas poderia sim iniciá-lo; exceto porquanto, que tem valor explicativo (lembre-se de porque), não conclusivo.

4     O objetivo do texto é provar que o número total de promotores no Brasil é menor que na maioria dos países da América Latina.

        ERRADA. Esta é perigosíssima! Leva-nos a uma conclusão apressada e equivocada. O problema está em afirmar que "o número total de promotores é menor", o que é absurdo. Sabendo que o Brasil tem em torno de 190 milhões de habitantes, mesmo com uma relação número de promotores/número de habitantes menor que em países como, por exemplo, Guatemala (com menos de 15 milhões de pessoas), o Brasil certamente tem um número absoluto maior.

5     No primeiro período do terceiro parágrafo, é estabelecido contraste entre a maior extensão das obrigações do Ministério Público brasileiro, em comparação com as de órgãos equivalentes em outros países, e o número de promotores em relação à população do país, o que evidencia situação oposta à que se poderia esperar.

        CORRETA. O clímax desse contraste está expresso pela conjunção adversativa entretanto (l.6).  

6     No último período do texto, a palavra “atribuições” está subentendida logo após o vocábulo “as” (l.13), que poderia ser substituído por aquelas, sem prejuízo para a correção do texto.

        Alguns autores consideram este "as" um pronome demonstrativo. Esta interpretação deixa mais clara que a assertiva está CORRETA, pois este pronome no feminino plural corresponderia claramente ao outro sugerido: aquelas. Uma outra interpretação é a de que o "as" seria artigo definido feminino plural mesmo, ocorrendo aqui um tipo específico de elipse (= omissão) da palavra "atribuições", o zeugma.

7     Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto se o primeiro parágrafo fosse assim reescrito: Quando se examina o contexto internacional, concluimos que não há situação como a do Brasil no que se refere a existência e desempenho do Ministério Público.
       
        Este é o tipo de questão que, dependendo do seu conhecimento, pode ser resolvida em pouquíssimos segundos, poupando seu precioso tempo para a resolução de outras mais difíceis. Isso porque o erro mais visível é de ortografia, mais exatamente, acentuação: acentuamos o i e o u tônicos (compare saiba com saída). Logo, concluímos é acentuado. O segundo erro é que essa reescritura não mantém o sentido original, pois não há correspondência semântica entre perfil institucional semelhante e igual conjunto de atribuições, do original, e existência e desempenho, da reescritura.
        ERRADA.




GABARITO
1
2
3
4
5
6
7
E
C
E
E
C
C
E

Estude francês com um francês.

Aprenda Francês com Jean-Marc Berthou.

1. PROEX/URCA (Crato) - Telefone: (88) 3102.1200:
Turma 1: Básico - Segundas E Quinta (=2 vezes/semana), 18h30 - 20h00.
Turma 2: Básico - Sábado, 14h - 17h.

2. PARTICULARES (na EEFM Teodorico Teles, Crato):
Turma 1: Avançado - Quartas: 19h - 21h.

NOVAS TURMAS (Pré-inscrição!):
- Terça, noite.
- Sexta, noite.
- Sábado, manhã.

sábado, 15 de junho de 2013

Orações Subordinadas Adverbiais Causais Vs. Orações Coordenadas Explicativas

O tema de hoje são dois tipos de oração que são fáceis de se confundirem: a Oração Subordinada Adverbial Causal e a Oração Coordenada Explicativa.

A confusão reside em dois fatos: (a) as relações lógicas que elas expressam são muito semelhantes; e (b) ambas são frequentemente iniciadas pela conjunção porque.

Mas vamos descomplicar agora mesmo!

A ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL expressa a causa do evento descrito na Oração Principal. Assim, essa causa tem de ocorrer antes de seu efeito! Ex.:
Ela passou porque estudou.

Veja que ter estudado é a causa dela ter passado e é um evento anterior a este.

Agora vejamos a ORAÇÃO COORDENADA EXPLICATIVA. Esta é uma justificativa de uma ordem, sugestão ou suposição. Ex.:
Ela estudou, porque passou.

Você estar pensando: "É a mesma frase, com as orações invertidas!!!" Aparentemente. Mas perceba que agora eu suponho que ela estudou e justifico minha suposição com o fato dela ter passado!

Note também a vírgula separando as orações.

Sacou?

É isso aí.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Traduzindo Certo nº 02 (Espanhol)


Pequeno desafio de Português - Crase: Resposta.


Olá, Amig@! Beleza?

Aqui vai meu parecer fundamentado em autores como Bechara, Cunha & Cintra, Rocha Lima, Sacconi, entre outros.

1) Sabemos que para haver crase é necessária a existência concomitante da preposição a e do artigo definido feminino a(s) -- ou dos pronomes demonstrativos a, aquilo, aquele/a.

2) Sabemos também que o nome horror pede a preposição a.

Bem, o primeiro a (preposição) é indispensável aqui. Já o segundo a (artigo) é OPCIONAL, amig@.

GABARITO: LETRA C) DEPENDE.

Se "a barata" for definida, ocorre o artigo e, consequentemente, a crase; senão, não ocorrerá a crase.

Quando nos referimos a um ser de forma genérica, temos duas opções:
­­
i. ou o deixamos indefinido, sem artigo: "Mulher tem horror a barata" = toda e qualquer "mulher", toda e qualquer "barata";

ii. ou o definimos, com o artigo definido -- "A mulher tem horror à barata" = (da mesma forma) toda e qualquer mulher, toda e qualquer barata.

Mas, na segunda opção, a interpretação vai depender do contexto, de forma que se poderá interpretar como "uma mulher e uma barata específicas".

Temos, então, uma sutil questão semântica aqui:

Se "mulher" está claramente indefinida (pela ausência de artigo), "barata" não deveria seguir na mesma esteira?

Não necessariamente. A determinação (uso do artigo) no sujeito não vincula a determinação do objeto.

Conclusão: as quatro formas ficariam corretas, a depender do significado pretendido e do contexto específico.

1) Mulher tem horror a barata.

2) Mulher tem horror à barata.

3) A mulher tem horror a barata.

4) A mulher tem horror à barata.

É isso aí.

--
Daniel Araújo

terça-feira, 23 de abril de 2013

Desafio de Português. Nível: Fácil.

Uma recente publicação no FB me estimulou a propor este pequeno desafio a vocês. 

Na frase "Mulher tem horror a barata", ocorre crase? Explique sua resposta.

a) Sim.

b) Não.

c) Depende.